Hoje, dia 27 de Setembro, se comemora o dia nacional de doação de órgãos no Brasil, a doação de órgãos é um ato de amor ao próximo e pode ser decisiva para determinar a esperança de sobrevivência de uma pessoa. É um ato no qual uma ou mais partes do corpo são doadas a fim de ajudar no tratamento de problemas de saúde de outras pessoas.
Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. Por isso, a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Essa é a modalidade de consentimento que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes.
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).
A doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida. O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto. A legislação em vigor determina que a família seja a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.
Qualquer pessoa pode ser uma doadora de órgãos e nenhuma religião é contra a doação. Basta apenas ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por um médico para realização de exames. Para ser um doador em vida, você pode acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer seu cadastro e download do cartão de doador, além do cadastro, é importante você falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares (até segundo grau de parentesco) possam autorizar, por escrito, a retirada dos órgãos.
Não podem ser doadores:
- Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas, entre outras.
- Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos.
- Pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS).
Processo final da doação:
Os órgãos doados são transplantados para pessoas que aguardam em uma lista única, no caso de doação após a morte. Assim que o paciente morre, inicia-se uma série de testes de compatibilidade para identificar possíveis receptores na lista de espera. Quando mais de um receptor compatível necessita do órgão, são analisados outros critérios, como a urgência de cada caso.
A retirada dos órgãos é feita em um centro cirúrgico, e o doador é devidamente recomposto. Isso significa que ele pode ser velado normalmente pela família, sem nenhuma deformidade. É bom ressaltar que, em relação à doação em vida, o receptor pode ser escolhido de acordo com a legislação vigente.