O mês de março é dedicado à campanha do Março Amarelo, que visa promover a conscientização sobre a endometriose. A doença pode ser assintomática e impactar várias regiões do organismo. De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que 8 milhões de mulheres enfrentam endometriose no Brasil.
Os sintomas mais comuns da endometriose incluem cólicas menstruais incapacitantes (aquelas que não melhoram com analgésicos via oral e que interferem nas atividades diárias usuais) e dor durante a relação sexual (dispareunia), dificuldade de engravidar, dores ao urinar ou ao evacuar.
O diagnóstico da endometriose é obtido por meio da análise de tecido proveniente de uma biópsia de um órgão afetado. Entretanto, nem sempre é viável ou aconselhável realizar esse exame. Frequentemente, o tratamento é iniciado com base na forte suspeita gerada pelos sinais e sintomas, em conjunto com uma história clínica compatível e outros exames menos invasivos. Reconhece-se cada vez mais que a identificação de lesões características durante a laparoscopia pode proporcionar um diagnóstico.
O tratamento medicamentoso, utilizando hormônios e anti-inflamatórios, pode aliviar a dor da paciente. No entanto, nos casos de endometriose profunda, a opção preferencial é o tratamento cirúrgico minimamente invasivo, que visa a remoção de todos os focos da doença. O tratamento medicamentoso complementar após a cirurgia tem como objetivo reduzir a recorrência da doença. Além disso, destaca-se a importância do tratamento multidisciplinar, que inclui apoio psicológico, atividade física e controle nutricional, ganhando cada vez mais destaque nessa jornada.