Hoje, dia 31 de Maio de 2023, é comemorado o dia mundial sem tabaco, esse dia nos traz a reflexão dessa luta constante que muitos enfrentam mas por uma lado com bastante otimismo por termos números cada vez menores de fumantes, a grande maioria das unidades da Cap 5.3, semanalmente realizam o grupo antibagismo para ajudar e contribuir na vida de pacientes que querem deixar o consumo do tabaco, com o objetivo de terem uma vida mais saudável.
O consumo de derivados do tabaco causa cerca de 50 tipos de doença, principalmente as cardiovasculares (infarto, angina), o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite). Estas doenças são as principais causas de óbitos por doença no Brasil, sendo que o câncer de pulmão é a primeira causa de morte por câncer.
O tabagismo causa impotência sexual no homem e, no caso das mulheres, complicações na gravidez. Além disso, ele provoca aneurismas arteriais; úlcera do aparelho digestivo; infecções respiratórias; osteoporose; trombose vascular; problemas respiratórios e redução do desempenho desportivo.
O hábito de fumar enfraquece o cabelo e faz secar a pele, reduz o paladar e o olfato. Além do envelhecimento precoce da pele, devido à falta de oxigenação, o tabaco também inibe a produção de colágeno e elastina, que impedem a flacidez. É comum nas mulheres que fumam surgirem precocemente imensas rugas em volta dos lábios.
Os malefícios do fumo são maiores nas mulheres devido às peculiaridades próprias do sexo, como a gestação e o uso da pílula anticoncepcional. A mulher fumante tem um risco maior de infertilidade, câncer de colo de útero, menopausa precoce (em média 2 anos antes) e dismenorreia (sangramento irregular).
Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro geralmente em 9 segundos. O fumo causa no Sistema Nervoso Central, num primeiro momento, a elevação leve no humor e diminuição do apetite. O que parece ser prazeroso no começo, causa dependência e vício.
O problema não envolve apenas os cigarros comuns, pois existem outros dispositivos para o uso de substâncias como a nicotina. O cigarro eletrônico, por exemplo, funciona por bateria e o uso de líquidos (essências) e, segundo pesquisa realizada já foi utilizado por 3% da população.
O narguilé é outro dispositivo usado por fumantes e que traz mais preocupações por atingir um público mais jovem, inclusive adolescentes, é responsável por mais de 66% da prevalência de consumo de tabaco.
O uso constante do tabaco pode causar dependência em virtude da presença de nicotina, que, além de todos os malefícios já descritos, é capaz de causar dependência similar àquela provocada pela cocaína. Isso faz com que parar de fumar torne-se um grande problema, que pode até mesmo não ter solução. Para aqueles que pretendem parar de fumar, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante tratamento gratuito, disponibilizando medicamentos, além de fornecer acompanhamento profissional.
O tabaco é prejudicial também para quem se encontra junto do fumante. Além do desconforto, o fumo causa doenças imediatas ou a longo prazo. O risco de doença cardíaca aumenta em 25% num adulto exposto ao fumo passivo.
O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool. Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
A convivência com um fumante aumenta o risco de doenças cardíacas coronarianas em 25% a 30%. O tabagismo diminui o colesterol bom, mesmo nas pessoas jovens. Existem cada vez mais indícios de relação entre o tabagismo passivo e o derrame cerebral. Mesmo exposições pequenas podem ter consequências sobre a coagulação do sangue, favorecendo a ocorrência de trombose. As pessoas com doenças cardíacas podem sofrer arritmias, diante da exposição à fumaça do cigarro. O risco de infarto do miocárdio também aumenta.
As pessoas que não fumam diretamente também correm sérios perigos. Os chamados fumantes passivos, quando comparados a grupos que não possuem contato com o tabaco, possuem risco aumentado de desenvolver câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e respiratórias, como a asma e pneumonia. Além disso, bebês de mães fumantes podem nascer prematuramente ou então apresentarem baixo peso após o nascimento.
- Ao parar de fumar, o risco de doenças diminui gradativamente e o organismo do ex-fumante se restabelece.
- Após 20 minutos do último cigarro, a pressão sanguínea diminui, as batidas cardíacas voltam ao normal e a pulsação cai.
- Após 8 horas sem cigarro, o nível de oxigênio no sangue pode chegar aos níveis de uma pessoa não-fumante.
- Após 24 horas, os pulmões já conseguem eliminar o muco e os resíduos da fumaça.
- Dois dias depois, é possível sentir melhor o cheiro e o gosto das coisas.
- O corpo já não possui nicotina e a transpiração deixa de cheirar a tabaco.
- Após duas semanas, melhora a circulação, tosse, congestão nasal, fadiga e falta de ar.
- Após um ano, o risco de doença cardíaca cai pela metade.
- Após 5 anos, o risco de ter câncer de pulmão também reduz 50%.
- Após 15 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou.
“Viva melhor, pare de fumar, o preço do cigarro pode custar caro, a sua vida.”
Ricardo Fernandes
Gerente Otics Rio Sepetiba