Ontem, dia 06 de Dezembro, foi o dia Nacional de Mobilização dos homens pelo fim da violência contra mulher, a campanha foi criada em 1991, reuniu um grupo de homens canadenses que repudiavam a violência contra a mulher. Além do símbolo do Laço Branco, eles também adotaram como lema jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos diante dessa violência. A mobilização originou-se a partir do caso do “Massacre de Montreal”, ocorrido em 6 de dezembro de 1989, quando um homem entrou armado em uma escola, matando 14 mulheres e ferindo outras dez. Antes de se suicidar, o atirador fez disparos pelos corredores, gritando “Eu odeio as feministas”. Para que a morte das mulheres – e sua motivação – não fosse esquecida, a data foi transformada em marco ao combate à violência contra as mulheres. No Canadá, celebra-se o Dia Nacional de Memória e Ação contra a Violência contra a Mulher, que se mistura às ações promovidas pela ONU a partir do dia 25 de novembro, data que marca o Dia Internacional para a Erradicação da Violência contra as Mulheres.
De acordo com o governo canadense, homens e meninos têm papel fundamental como aliados na prevenção da violência de gênero e na busca pela questão igualitária entre homens e mulheres. “Pesquisas mostram que o envolvimento de homens e meninos em estratégias para prevenir e enfrentar a violência pode fazer uma diferença real e reduzir a violência de gênero”, informa.
Recentemente, em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a iniciativa #ElesPorElas (#HeforShe), que já reúne mais de dois milhões de ativistas de todos os gêneros para se manifestarem em solidariedade às mulheres. O objetivo é criar uma “força visível, destemida e unida pela igualdade de gênero”. De acordo com a ONU, os homens que participam da iniciativa estão trabalhando com as mulheres e entre si para construir negócios, criar famílias e oferecer suporte às suas comunidades.
A campanha se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil, onde é lembrada por diversas organizações e entidades que lutam pela equidade de gênero, entre elas a ONG Reprolantina que trabalha e luta pelo empoderamento das mulheres e pela promoção da igualdade de direitos, assim como pelo pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
Tem o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, a partir de diversas ações realizadas por diferentes setores da sociedade que se encontram engajados na luta pela promoção da equidade de gênero e superação das desigualdades entre homens e mulheres.
A violência contra a mulher ainda é um problema fortemente enraizado no mundo. Ela não é exclusividade de alguns países e de algumas culturas. Ela é resultado de uma cultura patriarcal que está vinculada aos fundamentos de nossa sociedade. A violência contra a mulher expressa-se de várias maneiras, desde o estupro até a violência psicológica, e precisa ser combatida com veemência e urgência. As consequências desse tipo de violência são terríveis para as vítimas, podendo levá-las à morte.
A Lei Maria da Penha aumentou o rigor das punições das agressões contra a mulher no ambiente doméstico ou familiar. Além de indicar a responsabilidade de cada órgão público para ajudar a mulher que está sofrendo a violência e estabelecer medidas protetivas de urgência para a vítima.
Medidas que podem ser aplicadas em favor da mulher:
- Acolhimento da mulher e seus filhos em local seguro;
- Separação de corpos ou afastamento do lar sem perda de direitos em relação aos filhos e bens;
- Encaminhamento para programa de proteção ou atendimento;
- Inclusão em programas de assistência, atendimento médico, serviços que promovam sua capacitação, geração de trabalho, emprego e renda;
- Caso a mulher precise se afastar do trabalho por causa da violência, ela não poderá ser demitida pelo período de até seis meses.
- Medidas que podem ser aplicadas contra o agressor:
- Afastamento do lar;
- Proibição de chegar perto ou de manter contato por qualquer meio de comunicação com a vítima, seus familiares e testemunhas;
- Restrição ou suspensão das visitas aos filhos;
- Suspensão de porte de armas;
- Prestação de alimentos e pensão provisórios;
- Prisão preventiva se houver necessidade.
Você homem não se mobilize apenas em uma campanha mas no seu dia a dia, mulher precisa ser valorizada e ter o seu respeito.